Nome: O Guarani
Autor: José de Alencar
Páginas: 279
Editora: Martin Claret
Ano: 2001
Resenha por: Ana Carolina
Esse livro foi um dos primeiros clássicos brasileiros que li. Foi publicado pela primeira vez em folhetins por volta do século 19 e é uma das obras mais importantes de José de Alencar, considerado por muitos como o "pai" do Romantismo brasileiro.
A história se passa no Rio de Janeiro, em uma bonita casa à beira do rio Paquequer, onde vivem Dom Antônio de Mariz, sua esposa e seus filhos. Juntamente com ele, vivem alguns aventureiros que servem à família com a condição de poderem viver no local e terem alimentação. O índio Peri, que é provavelmente o personagem mais importante da história, entrou na família após ter salvo Cecília, a filha mais nova de D. Antônio de um acidente que provavelmente teria levado-lhe a morte. Peri associa a imagem de Cecília à Virgem Maria, figura que acredita ter lhe salvado a vida em uma das guerras entre as tribos indígenas e a quem prometeu total devoção.
Além disso, na casa também vivem outras figuras que serão importantes no decorrer da história. Uma delas é Isabel, considerada como sobrinha do D. Antônio, mas é de conhecimento geral que na verdade seria uma filha bastarda do relacionamento deste com uma índia. Álvaro, pretendente a mão de Cecília, um homem de bastante coragem e coração nobre, e, por fim, Loredano, um ex-padre (ou jesuíta, não me lembro bem), que abandonou o celibato e rompeu seus votos em busca de uma poderosa riqueza escondida na região.
Após a apresentação do quadro inicial, temos a geração de duas grandes fontes de conflito. Uma delas seria o planejamento de Loredano e seus cúmplices para tomar a casa de D. Antônio e raptar Cecília, e o outra que é o assassinato da filha de um dos líderes Aimorés, uma tribo de índios selvagens e bastante poderosos que tinham por costume o canibalismo.
O índio Peri sem dúvidas é uma das figuras mais interessantes do livro, apesar de todo o exagero dado a seu personagem pelo romantismo. É uma figura, boa, forte, nobre e, apesar de lhe faltarem todos os costumes e conhecimentos adquiridos em sociedade, apresenta uma grande gentiliza e educação. Além disso, não condizendo com sua imagem de selvagem, possui uma inteligência e astúcia impressionantes, demonstrados no plano que bolou para tentar salvar Cecília e sua família dos perigos que a ameaçavam.
Esse é o tipo de livro que, para lê-lo, necessita-se de muita paciência pois o caráter descritivo da obra de Alencar cansa inicialmente o leitor, principalmente as primeiras 30 ou 40 páginas que apenas são utilizadas para descrição do local onde se passa a história. No entanto, após superada essa fase, tem-se a história real, narrada de uma maneira cativante que demonstrará o "amor" da forma mais inocente que se poderia existir.
É uma leitura bastante romantizada, melosa e "água com açúcar", que chega até ser enjoativa em alguns pontos, mas ganha em outros pela maneira como foi retratada a beleza do cenário brasileiro assim como a figura do índio, que mesmo hoje em dia é muito pouco lembrada. Um dos problemas que vejo na em das pessoas que leram o livro é o fato de que por ser uma obra nacional, já acharem que será chato ou ruim, o que acaba prejudicando um pouco a leitura e algumas vezes abandono do livro.
Autor: José de Alencar
Páginas: 279
Editora: Martin Claret
Ano: 2001
Resenha por: Ana Carolina
Sinopse:
O romance conta a história de amor entre o índio Peri e a moça branca Ceci, tendo como cenário o Brasil do século XVII.
Esse livro foi um dos primeiros clássicos brasileiros que li. Foi publicado pela primeira vez em folhetins por volta do século 19 e é uma das obras mais importantes de José de Alencar, considerado por muitos como o "pai" do Romantismo brasileiro.
A história se passa no Rio de Janeiro, em uma bonita casa à beira do rio Paquequer, onde vivem Dom Antônio de Mariz, sua esposa e seus filhos. Juntamente com ele, vivem alguns aventureiros que servem à família com a condição de poderem viver no local e terem alimentação. O índio Peri, que é provavelmente o personagem mais importante da história, entrou na família após ter salvo Cecília, a filha mais nova de D. Antônio de um acidente que provavelmente teria levado-lhe a morte. Peri associa a imagem de Cecília à Virgem Maria, figura que acredita ter lhe salvado a vida em uma das guerras entre as tribos indígenas e a quem prometeu total devoção.
Além disso, na casa também vivem outras figuras que serão importantes no decorrer da história. Uma delas é Isabel, considerada como sobrinha do D. Antônio, mas é de conhecimento geral que na verdade seria uma filha bastarda do relacionamento deste com uma índia. Álvaro, pretendente a mão de Cecília, um homem de bastante coragem e coração nobre, e, por fim, Loredano, um ex-padre (ou jesuíta, não me lembro bem), que abandonou o celibato e rompeu seus votos em busca de uma poderosa riqueza escondida na região.
Após a apresentação do quadro inicial, temos a geração de duas grandes fontes de conflito. Uma delas seria o planejamento de Loredano e seus cúmplices para tomar a casa de D. Antônio e raptar Cecília, e o outra que é o assassinato da filha de um dos líderes Aimorés, uma tribo de índios selvagens e bastante poderosos que tinham por costume o canibalismo.
O índio Peri sem dúvidas é uma das figuras mais interessantes do livro, apesar de todo o exagero dado a seu personagem pelo romantismo. É uma figura, boa, forte, nobre e, apesar de lhe faltarem todos os costumes e conhecimentos adquiridos em sociedade, apresenta uma grande gentiliza e educação. Além disso, não condizendo com sua imagem de selvagem, possui uma inteligência e astúcia impressionantes, demonstrados no plano que bolou para tentar salvar Cecília e sua família dos perigos que a ameaçavam.
Esse é o tipo de livro que, para lê-lo, necessita-se de muita paciência pois o caráter descritivo da obra de Alencar cansa inicialmente o leitor, principalmente as primeiras 30 ou 40 páginas que apenas são utilizadas para descrição do local onde se passa a história. No entanto, após superada essa fase, tem-se a história real, narrada de uma maneira cativante que demonstrará o "amor" da forma mais inocente que se poderia existir.
É uma leitura bastante romantizada, melosa e "água com açúcar", que chega até ser enjoativa em alguns pontos, mas ganha em outros pela maneira como foi retratada a beleza do cenário brasileiro assim como a figura do índio, que mesmo hoje em dia é muito pouco lembrada. Um dos problemas que vejo na em das pessoas que leram o livro é o fato de que por ser uma obra nacional, já acharem que será chato ou ruim, o que acaba prejudicando um pouco a leitura e algumas vezes abandono do livro.
Nota:
4,0/5/0
Vídeo-resenha: