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terça-feira, 15 de agosto de 2017

[Resenha] O Nome do Vento - Patrick Rothfuss


Nome: 
O Nome do Vento
Autor: Patrick Rothfuss
Páginas: 656
Editora: Arqueiro
Ano: 2008
Resenha por: Ana Carolina


Sinopse: 
         Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.
Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.
Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade. 
Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame. 
Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.

        Esse é o primeiro livro da trilogia "A Crônica do Matador do Rei" que vai nos apresentar a história de Kvothe, uma figura de cabelos vermelhos que ficou extremamente conhecida pelos quatro ventos em decorrência de seus grandes atos, sejam eles bons ou nem tanto.
         O livro começa em uma estalagem chamada Marco do Percurso, onde um estaleiro chamado Kote de vida aparentemente comum, até a aparição de um demônio na região onde ele vive, causando certo temor nos habitantes humildes do lugar e do próprio Kote. Pouco tempo depois, o ruivo resgata um homem no meio da floresta do ataque de um bando das criaturas  chamadas de Demônios e acaba descobrindo que esse homem é, na verdade, um crônista, ou seja, uma pessoa que escreve livros narrando histórias de pessoas famosas que são contadas oralmente a ele. O homem logo percebe a verdadeira identidade do rapaz, que é ninguém menos que o famoso Kvothe, um homem que se tornou lenda pelo país em decorrência de seus feitos absurdos.
        Com muita insistência, o cronista consegue convencer Kote a contar sua história, com a condição de que ele precisaria de 3 dias inteiros para conseguir concluí-la. Bast, o garoto que vive com ele, acaba incentivando-o também a contar a história, na esperança de que a lembrança do passado pudesse reviver o brilho que vira antes nos olhos do amigo.
        Assim começa a narrativa da história, onde o ruivo retrocede muitos anos atrás, no tempo em que ainda era uma criança e vivia com seus pais em uma trupe de artistas viajantes famosa chamada Edena Ruh. Onde ele narra a história de seus pais e de onde vem o seu dom para música e com as palavras, além de contar como começou a aprender magia de um mago que passou a viajar com ele. Kvothe desde o início se mostrava um garoto inteligente, perspicaz, corajoso e impulsivo, fazendo com que muitas vezes acabasse fazendo besteira por não pensar direito no que fazia.
         Acompanhamos a vida do rapaz até por volta dos seus 16 anos, onde acompanhamos todo o período em que viveu nas ruas e sua entrada na universidade de magia com apenas 15 anos. O livro é narrado de tal maneira que nos sentimos envolvidos por tudo o que está acontecendo com o personagem e todos as dificuldades que ele tem que passar, vibrando também a cada momento de sorte narrado. Passamos por seu primeiro amor, por sua solidão, falta de dinheiro e estabelecimento de amizades. Kvothe não é um personagem perfeito, apesar de todos seus atributos, ao contrário do que se espera, o autor fez questão de destacar o quanto a personalidade e a imaturidade do rapaz o levam a um problema atrás do outro. Ele amadurece pouco a pouco no decorrer da história e nós acompanhamos esse amadurecimento.
         É meio difícil para os fãs de fantasia não gostarem dessa história. Ela tem todos os elementos que nos fizeram nos apaixonar pelas histórias anteriores a ela e, ao mesmo tempo, consegue que tudo seja escrito de maneira bastante única e original, sendo um ponto bastante positivo para o autor. Recursos como poemas, música e artes no geral são muito abordadas aqui, o que enriquece ainda mais a história e nos remete a um autor que inspirou o Patrick Rothfuss, que foi o próprio Tolkien.
         Toda a história é narrada de maneira muito fluida, que nos prende até mesmo nos momentos mais parados, fazendo com que o leitor crie teorias e suposições, além de ficar curioso pelos próximos eventos que virão a seguir. Outra coisa importante também que está presente no livro e que me agradou bastante foi toda a aura de inocência que permeia a história para dar um tom mais obscuro no fim, como se estivesse nos preparando para os grandes conflitos e tensão que virão no próximo livro.
        Com certeza é uma obra que indico a todos os fãs de fantasia!


Nota:
5,0/5,0


Vídeo-resenha:

Um comentário:

Willian Whin disse...

OLÁ Ana, eu sou muito fã desse livro, do universo, personagens; tudo.
E amei a sua resenha, ela soube dizer bastante das características da obra, mas sem revelar o nada que prejudique a experiência do leitor.

Estou ansioso pra sua resenha do segundo livro da trilogia. Você acaba de ganhar um novo seguidor.

Abraços, e força sempre.

p.s.: eu também tenho um blog, se quiser conhecer https://omalkavian.blogspot.com.br/