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[Indicação] Melhores livros de fantasia publicados no brasil

Nos últimos meses tenho lido apenas fantasia, tive muitas e excelentes leituras. Resolvi fazer,  junto com um amigo, um TOP 10 dos melhores...

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O Pianista (2002) - Crítica

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Título Original: The Pianist
Gênero: Drama
Ano do lançamento: 2002
Produção: França, Reino Unido, Alemanha e Polônia
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Wladyslaw Szpilman e Ronald Harwood


SINOPSE
         O pianista polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody) interpretava peças clássicas em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã e o início da 2ª Guerra Mundial, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. Inspirado nas memórias do pianista, o filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração. Wladyslaw é o único que consegue fugir e é obrigado a se refugiar em prédios abandonados espalhados pela cidade, até que o pesadelo da guerra acabe.

CRÍTICA
        O filme narra a história de Wladyslaw Szpilman um famoso pianista polônes que viveu uma história de intenso sofrimento durante a Segunda Guerra Mundial. No início  da trama, vemos o drama do músico nacionalmente conhecido ver sua família sendo confinada ao "Gueto de Varsóvia", uma região pequena da cidade onde foram aglomerados cerca de 400 mil judeus. Em diversas cenas está explícito o terror e a humilhação vividos pelos judeus residentes do local. Um menino é salvo pelo protagonista ao tentar atravessar a muralha do gueto, sendo espancado até desmaiar. A pior cena, todavia, ocorre em uma noite em que vários judeus são mortos sem qualquer piedade, ficando os corpos jogados indignamente no meio da rua. 
         Após ser separado de sua família é tocante. O personagem vaga desolado e solitário em meio as ruas abarrotadas de destroços e até mesmo alguns corpos do gueto. A participação dos amigos para sua sobrevivência é fundamental, mas ainda assim, não descarta a coragem e a força do protagonista a passar por todos os infortúnios numa luta desesperada pela vida.
        A paixão do protagonista pela música é uma característica evidente, como se ela o norteasse em busca de seu caminho. Essa paixão fica evidente logo no início do filme quando, apesar do bombardeio que atinge a cidade, ele se recusa a parar de tocar, parando apenas quando o próprio prédio é atingido. Num outro momento, estando mantido isolado em um apartamento deserto, ele simular tocar o piano, sem poder fazê-lo pois o barulho o denunciaria em seu esconderijo.
         A interpretação de Adrien Brody, premiada com Oscar, eleva o filme a outro patamar. Desde a transformação física de 14 quilos perdidos, as olheiras e barbas à própria interpretação do personagem, que com apenas um simples olhar transmite toda tristeza, solidão, desesperança e amargura do personagem. Com certeza esse é um dos melhores filmes referentes à segunda guerra, principalmente por conseguir misturar toda a beleza da arte simultaneamente à cenas cruas dos acontecimentos.

IMAGENS

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4,5/5,0

terça-feira, 15 de agosto de 2017

[Resenha] O Nome do Vento - Patrick Rothfuss


Nome: 
O Nome do Vento
Autor: Patrick Rothfuss
Páginas: 656
Editora: Arqueiro
Ano: 2008
Resenha por: Ana Carolina


Sinopse: 
         Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.
Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.
Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade. 
Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame. 
Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.

        Esse é o primeiro livro da trilogia "A Crônica do Matador do Rei" que vai nos apresentar a história de Kvothe, uma figura de cabelos vermelhos que ficou extremamente conhecida pelos quatro ventos em decorrência de seus grandes atos, sejam eles bons ou nem tanto.
         O livro começa em uma estalagem chamada Marco do Percurso, onde um estaleiro chamado Kote de vida aparentemente comum, até a aparição de um demônio na região onde ele vive, causando certo temor nos habitantes humildes do lugar e do próprio Kote. Pouco tempo depois, o ruivo resgata um homem no meio da floresta do ataque de um bando das criaturas  chamadas de Demônios e acaba descobrindo que esse homem é, na verdade, um crônista, ou seja, uma pessoa que escreve livros narrando histórias de pessoas famosas que são contadas oralmente a ele. O homem logo percebe a verdadeira identidade do rapaz, que é ninguém menos que o famoso Kvothe, um homem que se tornou lenda pelo país em decorrência de seus feitos absurdos.
        Com muita insistência, o cronista consegue convencer Kote a contar sua história, com a condição de que ele precisaria de 3 dias inteiros para conseguir concluí-la. Bast, o garoto que vive com ele, acaba incentivando-o também a contar a história, na esperança de que a lembrança do passado pudesse reviver o brilho que vira antes nos olhos do amigo.
        Assim começa a narrativa da história, onde o ruivo retrocede muitos anos atrás, no tempo em que ainda era uma criança e vivia com seus pais em uma trupe de artistas viajantes famosa chamada Edena Ruh. Onde ele narra a história de seus pais e de onde vem o seu dom para música e com as palavras, além de contar como começou a aprender magia de um mago que passou a viajar com ele. Kvothe desde o início se mostrava um garoto inteligente, perspicaz, corajoso e impulsivo, fazendo com que muitas vezes acabasse fazendo besteira por não pensar direito no que fazia.
         Acompanhamos a vida do rapaz até por volta dos seus 16 anos, onde acompanhamos todo o período em que viveu nas ruas e sua entrada na universidade de magia com apenas 15 anos. O livro é narrado de tal maneira que nos sentimos envolvidos por tudo o que está acontecendo com o personagem e todos as dificuldades que ele tem que passar, vibrando também a cada momento de sorte narrado. Passamos por seu primeiro amor, por sua solidão, falta de dinheiro e estabelecimento de amizades. Kvothe não é um personagem perfeito, apesar de todos seus atributos, ao contrário do que se espera, o autor fez questão de destacar o quanto a personalidade e a imaturidade do rapaz o levam a um problema atrás do outro. Ele amadurece pouco a pouco no decorrer da história e nós acompanhamos esse amadurecimento.
         É meio difícil para os fãs de fantasia não gostarem dessa história. Ela tem todos os elementos que nos fizeram nos apaixonar pelas histórias anteriores a ela e, ao mesmo tempo, consegue que tudo seja escrito de maneira bastante única e original, sendo um ponto bastante positivo para o autor. Recursos como poemas, música e artes no geral são muito abordadas aqui, o que enriquece ainda mais a história e nos remete a um autor que inspirou o Patrick Rothfuss, que foi o próprio Tolkien.
         Toda a história é narrada de maneira muito fluida, que nos prende até mesmo nos momentos mais parados, fazendo com que o leitor crie teorias e suposições, além de ficar curioso pelos próximos eventos que virão a seguir. Outra coisa importante também que está presente no livro e que me agradou bastante foi toda a aura de inocência que permeia a história para dar um tom mais obscuro no fim, como se estivesse nos preparando para os grandes conflitos e tensão que virão no próximo livro.
        Com certeza é uma obra que indico a todos os fãs de fantasia!


Nota:
5,0/5,0


Vídeo-resenha: