Nome: O Caçador de Pipas
Autor: Khaled Hosseini
Páginas: 365
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2005
Resenha por: Ana Carolina
Sinopse:
Amir e Hassan cresceram juntos, exatamente como seus pais. Apesar de serem de etnias, sociedade e religiões diferentes, Amir e Hassan tiveram uma infância comum, com brincadeiras, filmes e personagens. O laço que os une é muito forte: mamaram do mesmo leite. e apenas depois de muitos ano Amir pôde sentir o poder dessa relação.
Amir nunca foi o mais bravo ou nobre, ao contrário de Hassan, conhecido por sua coragem e dignidade. Hassan, que não sabia ler nem escrever, era muitas vezes o mais sábio, com uma aguda percepção dos acontecimentos e dos sentimentos das pessoas. E foi esse mesmo Hassan que decidiu quem Amir seria, durante a batalha da pipa azul, uma pipa que mudaria o destino de todos. No inverno de 1975, Hassan deu a Amir a chance de ser um grande homem, de alterar sua trajetória e se livrar daquele enjoo que sempre o acompanhava, a náusea que denunciava sua covardia. Mas Amir não enxergou sua redenção.
Muito depois de desperdiçada a última chance, Hassan, a calça de veludo cotelê marrom e a pipa azul o fizeram voltar ao Afeganistão, não mais àquele que ele abandonara há vinte anos, mas ao Afeganistão oprimido e destruído pelo regime Talibã. Amir precisava se redimir daquele que foi o maior engano da sua vida, daquele dia em que o inverno foi mais cruel.
Amir nunca foi o mais bravo ou nobre, ao contrário de Hassan, conhecido por sua coragem e dignidade. Hassan, que não sabia ler nem escrever, era muitas vezes o mais sábio, com uma aguda percepção dos acontecimentos e dos sentimentos das pessoas. E foi esse mesmo Hassan que decidiu quem Amir seria, durante a batalha da pipa azul, uma pipa que mudaria o destino de todos. No inverno de 1975, Hassan deu a Amir a chance de ser um grande homem, de alterar sua trajetória e se livrar daquele enjoo que sempre o acompanhava, a náusea que denunciava sua covardia. Mas Amir não enxergou sua redenção.
Muito depois de desperdiçada a última chance, Hassan, a calça de veludo cotelê marrom e a pipa azul o fizeram voltar ao Afeganistão, não mais àquele que ele abandonara há vinte anos, mas ao Afeganistão oprimido e destruído pelo regime Talibã. Amir precisava se redimir daquele que foi o maior engano da sua vida, daquele dia em que o inverno foi mais cruel.
A história do livro se passa no Afeganistão, mais precisamente na cidade de Cabul, já retratando como o ambiente era totalmente diferente do que é hoje, depois de tomado pelo Talibã. Esse livro irá narrar vida de duas crianças nascidas naquela cidade, em datas muito próximas. Amir e Hassan eram como irmãos, a mãe do primeiro morreu no parto e a do segundo abandonou ao garoto e a seu pai, pouco tempo depois que este nasceu. Os dois foram amamentados pela mesma mulher e cresceram juntos, no entanto a diferença de etnia os discernia. Amir era rico e filho de um dos homens mais ricos e prestigiados da região, já Hassan era filho do empregado e de descendência mongol, um hazara, considerada uma descendência inferior que durante muito tempo foi perseguida pelos Afegãos. Amir frequentava a escola, sabia ler e escrever enquanto Hassan era analfabeto e tudo o que ele conhecia de história lhe fora contado pelo amigo. No entanto, apesar de tudo, era em Hassan que as características mais nobres estavam presentes: lealdade, bondade, gentileza e coragem - tudo que faltava a Amir.
Amir era um garoto carente que sentia necessidade de se fazer perceber pelo pai, que parecia não enxergá-lo como filho e numa dessas tentativas foi que o garoto decidiu se inscrever no campeonato de pipas da cidade. Amir era um excelente soltador de pipas e Hassan um excelente caçador (sempre sabia onde a pipa ia parar) e os dois faziam uma dupla que pretendia vencer a competição daquele ano. Amir vence a competição e Hassan vai atrás da pipa que o mesmo cortou para que o mesmo possa tê-la como troféu e a partir dali, as coisas começam a dar errado. Uma coisa horrível acontece com Hassan e Amir tem a chance de impedir, no entanto, por covardia, não o faz.
Daquele dia em diante, Amir não consegue mais se aproximar de amigo em decorrência da vergonha e da crueldade que cometeu contra ele. Chega um ponto em que o desconforto se torna tão grande que o menino arma uma situação para que Hassan e o pai tenham que deixar a casa e desde aquele dia, ele carrega consigo a culpa do que aconteceu consigo durante toda a vida. Alguns anos depois, em uma decorrência de uma guerra contra a Rússia, Amir e o pai deixam o Afeganistão para ir aos EUA e muitos anos depois, Amir recebe uma ligação sobre algo relacionado a Hassan que poderia mudar o rumo de sua história.
Não sei muito bem o que dizer desse livro, ele me emocionou, me fez sentir raiva, me chocou e me fez chorar algumas vezes. É uma história repleta de culpa, mágoa, rancor, traição, porém nos dá belas lições de amizade, amor e superação. Nos mostra um pouco de uma face de um pais que até hoje pouco conhecemos, mas que até hoje vive no mesmo ambiente descrito no livro. Talvez existam dezenas de Amirs e Hassans naquele pais e que a passam desapercebidos por nós. É um livro que te faz ficar profundamente apegado aos personagens e, mesmo depois que o livro acaba, ainda resiste a deixá-los sumir de sua mente. Difícil é alguém ler esse livro e não se comover ou ficar marcado de alguma forma.
Nota:
4,0/5/0
Vídeo-resenha: