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[Indicação] Melhores livros de fantasia publicados no brasil

Nos últimos meses tenho lido apenas fantasia, tive muitas e excelentes leituras. Resolvi fazer,  junto com um amigo, um TOP 10 dos melhores...

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

[Resenha] O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei - J. R. R. Tolkien


Nome: 
O Retorno do Rei
Autor: J. R. R. Tolkien
Páginas: 441
Editora: Martins Fontes
Resenha por: Ana Carolina
Onde comprar: Eba/Livrarias Curitiba


Sinopse: 
A Sombra dos exércitos do senhor do escuro cresce cada vez mais. Homens, Anões e Elfos unem-se para luta contra a escuridão. Enquanto isso, Frodo e Sam penetram na terra de mordor, em sua empreitada heróica para destruir o anel.

        No terceiro livro, finalmente chegamos ao final da dura e longa jornada dos nossos personagens na luta contra o Senhor do Escuro. A cada momento que se passa, o medo e o desespero e a iminência de um final trágico assombram cada vez mais a todos, principalmente a Frodo e Sam, que cada vez mais se aproximam da Montanha da Perdição e sua jornada fica cada vez mais marcada de perigos.
        Assim como o anterior, o livro é divido em duas partes, no entanto, vemos a história se decorrer de quatro partes diferentes. Pippin segue com Gandalf para as terras de Gondor, onde ele conhece o Denethor, o regente da cidade e oferece seus serviços ao governador da última e mais poderosa resistência contra os poderes de Sauron. Merry permanece com Denethor, o Rei de Rohan, e se une ao seu exército que marchará em breve em auxílio a Gondor. Aragorn, que parte com Legolas e Gimli para a Senda dos Mortos e, por for, Sam e Frodo continuam sua caminhada por Mordor a fim de destruir o anel.
        A cada momento que se passa, podemos perceber como tudo se torna cada vez mais difícil para os protagonistas. O exército de Mordor é extremamente poderoso e avança cada vez mais, sem que aparentemente nada os fizesse amainar. Os Cavaleiros Escuros estão de volta e mais poderosos do que nunca, munidos de suas montarias aladas e levando o terror aos corações dos homens e fazendo-os fraquejar. Por mais que reforços cheguem de todas as partes, a esperança se torna cada vez menor pois o inimigo parece indestrutível. A maior e única esperança, vinda por parte de Gandalf, está na destruição do anel, no entanto seu espírito teme ao saber que Frodo e Sam passaram pela toca da Laracna.
        Milhares de quilômetros dali, a história não está melhor para Frodo e Sam, que ainda tinham que percorrer dezenas de quilômetros rumo ao seu destino final, sem comida, água, lugar para se esconder e com o peso do anel, que parece ter ficado ainda maior com a proximidade de seu dono. No entanto, seus problemas parecem mínimos, pois Frodo logo no início é capturado por Orcs. Por sorte, Sam havia retirado-lhe o anel, pensando o mesmo estava morto e os mesmos não encontraram. Apesar disso, Sam sabe que não pode partir sem seu mestre pois sua lealdade não permitiria e não conseguiria sozinho; ele deveria encher-se de coragem e tomar sua mais corajosa decisão: enfrentar o grupo de orcs para salvar seu mestre.
         Fechando espetacularmente a trilogia, Tolkien manteve sua maestria nesse livro espetacular. Apesar de serem cenas de guerra e destruição, tudo foi narrado de maneira muito bonita e poética. Enquanto lia o livro, sentia todas as perdas e aflições dos personagens tocarem-me de maneira bastante forte e a cada momento de esperança, respirava de alívio. Cenas memoráveis que descritas por Tolkien entram em nossa mente e vão se perdurar por muito tempo. Somando-se isso tudo com um final surpreendente, lindo e emocionante, esse livro fecha a obra e faz jus a toda a fama que ela própria possui. Sem dúvida, esses livros entraram no meu grupo de favoritos da vida.


5,0/5,0


Vídeo-resenha:



quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

[Resenha] Diários do Vampiro: A Fúria - L. J. Smith


Nome:
A Fúria
Autor: L. J. Smith
Páginas: 240
Editora: Galera Record
Resenha por: Ana Carolina
Onde comprar: Amazon/Americanas


Sinopse: 
Ela foi avisada: amar um vampiro é perigoso demais. Mas o destino de Elena, apesar de assustador, atende aos seus desejos. Ao lado de Damon, ela terá que reaprender tudo enquanto um Outro Poder misterioso e sedutor a perturba e atrai.

Damon agora tem sua escolhida ao seu lado. Sua busca por vingança terminou? Uma força sombria e terrível renasce para força-lo a fazer uma escolha.

Stefan sabe que precisa por um fim ao pacto de vingança com Damon - por Elena, mas também por si mesmo. Quando o passado se impõe entre os três, ameaçando a destruir tudo que sua amada mais preza, chega a hora de se unir e esquecer as diferenças.



        No terceiro livro, Elena acorda já transformada e parte para o local onde os dois irmãos estão brigando. Ela parece não mais conhecer Stefan e somente sentir uma estranha e muito poderosa ligação por Damon, por quem se dispõe a lutar contra Stefan e até mesmo matá-lo. No entanto, após receber sangue doado por Matt e descansar por vários dias ela aparentemente volta ao normal.
        A partir de agora, teremos que lidar com a fase de adaptação da Elena ao vampirismo e sua indecisão e confusão com relação aos dois irmãos. Todos da cidade pensam que ela está morta, apesar do corpo não ter sido encontrado, e ela precisa sustentar esse fato para se preservar e proteger aqueles que ama. As únicas com as quais estabelece contato são seus amigos Bonnie, Meredith e Matt que se dispõe a ajudar na investigação de um novo problema que vem perturbado Fell's Church.
        Um novo mistério surge logo no início do livro - ela sabe que não foi Damon quem a matou. Além disso, os animais de estimação da cidade começaram, sem razão aparente, a atacar seus donos de forma violenta ou sinais de reconhecimento. Eles sabem que algo está errado, entretanto, o "outro poder" possui uma capacidade tão poderosa de se ocultar que eles quase chegam a duvidar de sua presença. Um dos únicos e poucos indícios parecem surgir da entidade que cada vez mais constantemente manda recados pelo corpo de Bonnie.
        Esse livro apresenta uma pequena melhora com relação ao livro anterior, atingindo o nível do primeiro livro. Enquanto lemos, dá para sentir um pouco o clima frio de Fell's Church atravessando a página e nos tocando suavemente. A personagem principal pouco a pouco amadurece com relação aos livros anteriores e finalmente parece perceber um pouco do mal que causou às pessoas ao seu redor, o que é um ponto positivo, O final foi realmente inesperado e agradável, com a apresentação de uma nova personagem bem condizente com a história, que foi exatamente o que eu imaginaria no contexto em que estavam (vocês vão entender quando lerem).



2,5/5,0


Vídeo-resenha:


terça-feira, 3 de janeiro de 2017

[Resenha] O Sol é Para Todos - Harper Lee



Nome: 
O Sol é Para Todos
Autor: Harper Lee
Páginas: 364
Editora: José Olympio
Resenha por: Ana Carolina
Onde comprar: Amazon/Livraria Cultura


Sinopse: 
Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.
O sol é para todos, com seu texto “forte, melodramático, sutil, cômico” (The New Yorker) se tornou um clássico para todas as idades e gerações.



        O livro é narrado por uma menina chamada Jean Louise Finch, cujo apelido é Scout, de 6 anos, narrando parte de sua infância passada década de 30, na cidade de Maycomb, no sul dos Estados Unidos. Ela é órfã de mãe e vive com o pai Atticus, o irmão Jem e a governanta da casa, uma mulher negra, porém bastante instruída para a época chamada Calpúrnia. O pai das crianças é advogado e é descrito como um homem bastante rígido, justo e culto. Eles vivem consideravelmente bem, um pouco acima do nível da população da cidade. Durante um dos verões, as crianças acabam conhecendo um garoto chamado Dill, sobrinho de uma das vizinhas, e que acabou por se tornar uma peça importante das aventuras e brincadeiras dos dois irmãos.
        A primeira parte do livro narra basicamente a vida dessa família na cidade, dando foco principalmente nas brincadeiras das crianças e no convívio delas com os vizinhos. Scout é uma menina muito espirituosa e inteligente, tanto que aprendeu a ler antes de entrar na escola, além disso, é bastante corajosa e impulsiva, não aceitando levar desaforo pra casa e sempre partindo para a briga com quem a ofendesse. Sua brincadeira favorita, assim como o do seu irmão e de Dill, é inventar histórias sobre o vizinho a quem chamam de Boo Radley, um homem extremamente recluso que vivia na casa ao lado, de quem não só eles como todas as crianças da cidade tinham medo.
        Durante toda a primeira parte do livro a família é muito respeitada pelos moradores da cidade, principalmente a figura de Atticus. No entanto, tudo isso muda quando ele decide defender um negro acusado de estupro da filha de uma família branca no tribunal e, época, aquilo era inaceitável. Apesar de não existir mais escravidão,  o preconceito ainda era extremamente forte e eram segregados, vivendo em comunidades afastadas da cidades. Qualquer envolvimento com eles era muito mal visto pela população.
        Apesar de tudo e honrando seus princípios, Atticus mantém sua decisão de defender o rapaz, cujo nome era Tom Robinson e logo vemos que as acusações sob o mesmo eram totalmente falsas e sem base, apenas sustentadas pelo fato da família ser branca, esquecendo-se do fato de que eram pessoas de vida conturbada, violentos e que faziam de tudo para ganhar dinheiro de maneira fácil. Mesmo assim, não só Atticus, como também Scout e Jem são hostilizados pela população e as crianças tem de aprender a lidar com uma dura situação a qual não compreendem bem.
        O nome do livro "O sol é para todos", apesar de ser bem diferente do nome original "To Kill a Mockingbird", nos traz de maneira bem clara o que a autora poderia querer expressar. Não só lidando com o preconceito racial, mas sim a aceitação das diferenças no geral, o sol é para todos poderia ser interpretado como, a liberdade é para todos. Nele vemos as crianças aprendendo a lidar com diversos preconceitos que eles mesmo tem dentro de sim e que são naturais do ser humano relacionados à dificuldade de lidar com o que é diferente. Não só temos o caso de Tom, como também o de Arthur e outros como o do colega que é extremamente pobre e o da velhinha mal humorada que vivia sentada na cadeira na frente de casa
        Scout, se mostra uma criança bastante perspicaz no decorrer da história e acaba por compreender tudo o que acontece com sua família sozinha. Por ela vemos tudo de um ponto de vista interessante e pelos seus olhos, nos lembramos de nós mesmos quando crianças, de toda aquela parte que inflamava a cada injustiça sendo cometida e que com o passar do tempo vamos perdendo aos poucos. Além disso, seu personagem nos faz recordar bastante do papel da figura feminina da época, quando, mesmo que com sua recusa inicial, pouco a pouco a pequena Scout vai sendo inserida no papel que lhe foi determinado e que era imutável para a sociedade, o papel de senhora e dona de casa; distinguindo-se claramente de tudo o que fora imposto a seu irmão.
        O livro tem uma história emocionante e envolvente que devia ser lido por todos, pois mesmo se passando há mais de 80 anos, ainda discute temas que ainda são bem marcantes nos dias atuais. É recheado de lições e coisas que nos fazem parar para refletir em vários momentos!


4,0/5,0



Vídeo-resenha: