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[Indicação] Melhores livros de fantasia publicados no brasil

Nos últimos meses tenho lido apenas fantasia, tive muitas e excelentes leituras. Resolvi fazer,  junto com um amigo, um TOP 10 dos melhores...

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

[Resenha] A Culpa é das Estrelas - John Green



Nome: A Culpa é das Estrelas
Autor: John Green
Páginas: 288
Editora: Intrínseca
Onde comprar: Submarino
Resenha por: Ana Carolina

Sinopse: 
Hazel foi diagnosticada com câncer aos treze anos e agora, aos dezesseis, sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões. Ela sabe que sua doença é terminal e passa os dias vendo tevê e lendo Uma aflição imperial, livro cujo autor deixou muitas perguntas sem resposta. Essa era sua rotina até ela conhecer Augustus Waters, um jovem de dezessete anos que perdeu uma perna devido a um osteosarcoma, em um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Como Hazel, Gus é inteligente, tem senso de humor e gosta de ironizar os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Com a ajuda de uma instituição que se dedica a realizar o último desejo de crianças doentes, eles embarcam para Amsterdã para procurar Peter Van Houten, o autor de Uma aflição imperial, em busca das respostas que desejam.  

        O livro conta a história de Hazel Grace, uma garota de 16 anos com câncer em estágio avançado, ela já não tem mais a capacidade total de seus pulmões e precisa andar com um cilindro de oxigênio que a ajuda a respirar. Hazel é uma garota introvertida, irônica e com um senso de humor complexo com referências nerds. Está conformada com o fato de ter câncer e parece apenas esperar que o medicamento que usa para conter o tumor, o Falanxifor, pare de funcionar e ela acabe morrendo.
         Por insistência de sua mãe, para que a adolescente pudesse sair de casa, Hazel acaba por ir em um grupo de apoio à crianças com câncer, onde ela acaba conhecendo o outro protagonista da história, Augustus Waters, com quem cria uma química e sintonia imediata. Augustus, ou Gus, havia se curado de um osteosacoma e não apresentava evidências de câncer há mais de um ano e parecia estar ali principalmente para fazer companhia a seu amigo Isaac, que em breve teria que fazer outra cirurgia para a retirada o segundo globo ocular.
         Gus é um garoto muito bonito, simpático, inteligente e apaixonado por metáforas, que logo encanta Hazel e aceita seu convite de ir até sua casa para assistir ao filme "V de Vingança". Após o fim do filme e algumas conversas, Gus empresta a Hazel o livro de seu video-game preferido, chamo O Preço do Alvorecer e Hazel lhe dá a indicação do livro Uma Aflição Imperial, que é seu livro favorito. A partir dai os dois começam uma bela amizade que vai se desenvolvendo pouco a pouco com o passar dos dias e da conversa.
      O final do livro preferido de Hazel é uma icognita, narrado por uma menina que está com câncer, a história cessa abruptamente, como se a menina tivesse morrido, sem, no entanto, apresentar o final de outros personagens, como o da mãe da protagonista, o Hamster ou o Homem de Tulipas Holandês. Hazel já havia tentado há todo custo entrar em contato com o autor, mas nunca obteve nada em resposta, mas, com ajuda de Augustus, eles entram em contato com o autor que diz que só revelará o final caso os jovens o encontrem em Amsterdan. A partir dai se desenvolve todo o resto do enredo e os problemas enfrentados pelos personagens.
        Esse foi o meu primeiro contato com a escrita de John Green e fiquei admirada, pois apesar de não ser uma obra espetacular, cumpre bem seu propósito de entreter e até nos faz derramar algumas lagrimazinhas (rs). A escrita é divertida e fluida, os personagens são cativantes e divertidos e a história consegue nos prender de modo a ficarmos curiosos a respeito do destino dos personagens. Diferente de outros escritores que temos encontrado ultimamente, John Green sabe o que escreve e conseguiu transformar o que era para ser um livro cheio de clichês em uma história muito agradável. Ótimo livro para quem está iniciando a leitura! Pretendo ler outros do autor em breve!

Vídeo-resenha:


Nota:

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

[Resenha] Os Garotos Corvos - Maggie Stiefvater




Livro: Os Garotos Corvos
Série: A Saga dos Corvos #1
Autor: Maggie Stiefvater
Ano: 2013
Editora: Vérus
Páginas: 376
Resenha por: Renato Rodrigues
Compre: Submarino



Sinopse: Todo ano, na véspera do Dia de São Marcos,­ Blue Sargent vai com sua mãe clarividente até uma igreja abandonada para ver os espíritos daqueles que vão morrer em breve. Blue nunca consegue vê-los — até este ano, quando um garoto emerge da escuridão e fala diretamente com ela. Seu nome é Gansey, e ela logo descobre que ele é um estudante rico da Academia Aglionby, a escola particular da cidade. Mas Blue se impôs uma regra: ficar longe dos garotos da Aglionby. Conhecidos como garotos corvos, eles só podem significar encrenca. Gansey tem tudo — dinheiro, boa aparência, amigos leais —, mas deseja muito mais. Ele está em uma missão com outros três garotos corvos: Adam, o aluno pobre que se ressente de toda a riqueza ao seu redor; Ronan, a alma perturbada que varia da raiva ao desespero; e Noah, o observador taciturno, que percebe muitas coisas, mas fala pouco. Desde que se entende por gente, as médiuns da família dizem a Blue que, se ela beijar seu verdadeiro amor, ele morrerá. Mas ela não acredita no amor, por isso nunca pensou que isso seria um problema. Agora, conforme sua vida se torna cada vez mais ligada ao estranho mundo dos garotos corvos, ela não tem mais tanta certeza. De Maggie Stiefvater, autora do aclamado A Corrida de Escorpião, esta é uma nova série fascinante,­ em que a inevitabilidade da morte e a natureza do amor nos levam a lugares nunca antes imaginados.
UM PRÓLOGO GIGANTE DE UMA SÉRIE QUE PROMETE!

Demorei muito tempo para sentir vontade de ler esse livro por medo de ser um romance adolescente, mas que bom que sou ativo na rede social de livros, o Skoob, porque é devido a ele que me interessei pela história e resolvi encarar essa aventura “prá lá” de original e complexa.

Eu poderia fazer uma boa sinopse sobre esse livro, mas não conseguiria ilustrar fielmente o que a história é. Basta apenas saber que tudo começa quando a protagonista Blue acompanha sua mãe e suas tias clarividentes a um evento anual onde estas veem aqueles que serão mortos em breve. Só que Blue, desta vez, consegue ver alguém que fala diretamente com ela, de nome Gansey. Suas tias a alertam que isso só pode significar uma coisa: dentro de um ano ou a sobrinha vai matar o garoto ou irá se apaixonar por ele, o que significa morte do mesmo jeito, pois a menina cresceu ouvindo que iria matar seu grande amor se o beijasse. Gansey é apenas um dos que compõe o grupo dos Garotos Corvos, nome que intitula a primeira obra dessa quadrilogia.

Se você acredita que com essa sinopse é possível prever alguma coisa que irá acontecer já neste primeiro livro se engana. A história é tão original que a toda hora que pensamos imaginar o que vai acontecer somos surpreendidos e ficamos intrigados. O enredo chega a ser um tanto complexo. Confesso que no início fiquei muito confuso, não entendia muito.

Eu particularmente curto esse universo da clarividência. Os dilemas de Blue são bem interessantes e todos os personagens são muito bem trabalhados e construídos. Mas fica claro no decorrer do livro que este é apenas um prólogo gigante para os próximos três. Muitas surpresas acontecem, mas há uma carência de sequência eletrizante. Existem capítulos muito bons, mas outros um tanto cheios de explicações e construções, que desaceleram o desenvolvimento.


O estilo definitivamente não foi romance, apesar de parecer. Na verdade, essa é uma aventura em que eu acredito que tem muita coisa guardada por Maggie Stiefvater, o território foi apenas preparado. Portanto, minha experiência não foi completa, ficou um gosto de quero saber onde isso vai parar, porque a introdução foi aprovada por mim. Com certeza vou continuar a ler e recomendo a todos que curtem esse estilo.




                                                              Nota:      4,0/5,0


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

[Resenha] Caixa de Pássaros - Josh Malerman



Livro: Caixa de pássaros
Autor: Josh Malerman
Ano: 2015
Editora: Intrínseca
Páginas: 272
Resenha por: Renato Rodrigues
Compre: Submarino

Sinopse: Romance de estreia de Josh Malerman, Caixa de pássaros é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor completamente sem fôlego mesmo depois de terminar de ler. Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.
Grata surpresa!
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Curioso que desde sempre gostei de filmes de terror, mas nunca tinha lido um livro nesse estilo. Então dei de cara com o “Caixa de Pássaros”.
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Em um cenário pós-apocalíptico, as pessoas de repente começaram a surtar e a se matar de maneira bem violenta. Os eventos logo são atribuídos a alguma criatura misteriosa que eles enxergaram antes de enlouquecer e que ninguém sobreviveu para contar como essas criaturas são. Assim, o sentido da visão passa a ser o seu pior inimigo, uma vez que enxergar pode culminar a sua morte iminente.
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O livro se intercala entre passado, quando o surto começou, cerca de quatro anos antes; e presente, composto pela protagonista Malorie e seus dois filhos, onde são poucos os sobreviventes no mundo.
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Logo no início você já se sente fascinado devido a diversos fatores. A escrita é bem feita e sem enrolação, o cenário é desesperador e a história se mostra bastante original. Pra mim, esses foram os pontos mais positivos do livro e que também me fizeram “devorá-lo” em apenas três dias.
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No entanto, vou deixar aqui um conselho para aqueles que costumam sentir medo em coisas de terror: evite ler este livro à noite e em lugar muito silencioso, especialmente no quarto, rsrs. Eu já me considero acostumado com cenas de horror e suspense, mas percebi que ler por muito tempo essa história antes de dormir não seria uma boa. Houve capítulos que de fato causaram medo e adrenalina graças à boa condução do autor. Você começa a olhar para as janelas e para as portas da sua casa e a sentir certo medo, já que no livro os poucos personagens ficam trancafiados em uma casa e com as janelas todas cobertas para que nenhuma luz natural possa entrar. Sair a céu aberto pode custar suas vidas, a não ser que tapem os olhos. O tipo de medo que é possível sentir neste livro é parecido com aquele ao assistir a “Sinais”, um dos filmes que mais me causaram tensão justamente pelo fato dos protagonistas saberem que existem seres entre eles e não saberem ao certo o que são.
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Apesar de todos esses aspectos positivos, é justamente por estarmos diante de uma história original e de grande potencial que sentimos que ela poderia ter dado um pouco mais. Mesmo com uma escrita bem conduzida e cenas assustadoras, o livro precisava ter apresentado maior agilidade e, principalmente, maiores surpresas, ainda mais por ser relativamente pequeno (268 páginas). Abordar um pouco mais os conflitos entre os personagens teria tornado esta obra perfeita, pois, apesar de se tratar de um terror com presença de criaturas sobrenaturais, ele tem grande enfoque no medo do desconhecido e na convivência e nas formas de sobrevivência dos poucos personagens quando existe a escassez de água e comida.
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Então, com todos esses elementos, considero “Caixa de Pássaros” como um livro que poderia ter sido impecável, mas ainda sim foi uma grata surpresa que tive em 2015. Excelente estreia do autor. Recomendo com certeza!

                                                              Nota:      4,0/5,0


sábado, 3 de setembro de 2016

[Resenha] Um Estudo em Vermelho - Sir Arthur Conan Doyle


Nome:
Um Estudo em Vermelho

Autor: Sir Arthur Conan Doyle
Páginas: 192
Editora: L&PM
Resenha por: Ana Carolina

Sinopse: 
"Um estudo em vermelho" é a primeira história de Sherlock Holmes e o primeiro livro publicado por Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930). Muito menos do que um livro de estreia, esta história nasceu clássica, com seu ritmo vertiginoso de suspense e mistério que consagraria seu protagonista Sherlock Holmes como o mais apaixonante e popular detetive da história da literatura.

"Um estudo em vermelho" propõe um enigma terrível e invencível para a polícia, que pede auxílio a Holmes: um homem é encontrado morto, sem ferimentos e cercado de manchas de sangue. Em seu rosto uma expressão de pavor. Um caso para Sherlock Holmes e suas fascinantes deduções narrado por seu amigo Dr. Watson, interlocutor sempre atento e não raro maravilhado com a inteligência e talento do detetive.


           Um Estudo em Vermelho foi o primeiro livro que dá início às aventuras do detetive mais famoso da literatura mundial, Sherlock Holmes. O livro é dividido em duas partes, sendo a primeira narrada pelo Dr. Watson e a segunda em terceira pessoa. No início temos a apresentação do próprio narrador como um médico que passou pela guerra e acabou sendo ferido, vivendo atualmente em Londres com um auxílio mensal do governo. Dr. Watson está a procura de alguém para dividir um apartamento e acaba conhecendo o excêntrico Sherlock Holmes por intermédio de um amigo.
          Com o tempo, Watson se vê curioso a respeito de seu colega de apartamento, pois além de hábitos bastante peculiares, não sabia o que o mesmo fazia para se sustentar, apenas que recebia em sua casa os mais diferentes tipos de pessoas e sempre pedia que o médico se retirasse da sala quando fosse atender essas pessoas. Após certas indagações, Holmes acaba revelando a Watson sua verdadeira profissão, ele é um detetive consultor que através de sua lógica dedutiva e conhecimentos já adquiridos, consegue apontar para aqueles que o procuram uma solução para seu problema, ou pelo menos a solução mais óbvia possível. O médico fica assombrado com a grande capacidade perceptiva do detetive que percebe apenas com o olhar o que uma pessoa faz, qual a sua profissão e seu estado emocional.
          Após receber um convite para ajudar numa investigação policial, Holmes, acompanhado de Watson partem rumo a um local onde ocorreu um assassinato. A cena do crime era intrigante, um corpo encontrado em uma casa de aspecto abandonado, sem vestígios de arrombamento ou luta. O morto estava com uma feição assustada e em seu corpo não havia ferimentos. Para completar, pintada em vermelho na parede estava a palavra "Rache", que significa "vingança". Esse é apenas o começo de uma trama que se desenvolverá pelo livro inteiro, inclusive na segunda para que contará a história de outros personagens cuja história antecede ao assassinato.
        A trama do livro é bastante envolvente e a leitura se dá de uma maneira fluida, especialmente a segunda parte que para mim foi o melhor do livro, sem qualquer sombra de dúvidas. Holmes a todo momento nos surpreende com sua capacidade de investigação e observação e seu raciocínio lógico, a ponto de podermos praticamente considerá-lo um gênio nesses quesitos. Quando à resolução do crime, nada é deixado passar em branco e todos os mínimos detalhes são esclarecidos de modo a fazer absoluto sentido na história. Para aqueles que, assim como eu, embarcaram nas histórias do detetive agora, esse livro é mais que recomendado.


4,0/5,0



Video-resenha: