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sexta-feira, 8 de abril de 2016

[Resenha] A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard

Nome: A Rainha Vermelha
Autor: Victoria Aveyard
Páginas: 422
Editora: Seguinte
Resenha por: Ana Carolina

Sinopse: 
O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

        Finalmente criei coragem para ler um dos livros mais bonitos da minha estante. Confesso que estava com um pouco de receito antes de ler, pois poucas vezes me lembro de ter me sentido ansiosa pelo lançamento de um livro. A sinopse parecia fascinante e sentia que finalmente iria encontrar uma fantasia cuja personagem principal fosse mulher.
         O livro conta a história de Mare, que vive em um mundo meio que distópico, em que a sociedade é dividida pela cor do sangue: existem os prateados, que são aqueles que possuem poderes especiais, que variam desde controle de elementos até invasão de mente e modificação do próprio corpo e existem aqueles cujo sangue é vermelho, sem poderes, cujo destino está direcionado unicamente a servir os brancos, seja como servos, pequenos comerciantes e até mesmo como ferramentas de guerra, já que são os únicos forçados a ir para o exército quando determinada idade é atingida.
        Mare vive com seus pais e irmã mais nova em uma das cidades pobres do pais. Sua família é bem humilde, chegando muitas vezes a passar fome. Seu pai havia voltado da guerra permanentemente ferido e via-se impossibilitado de trabalhar. A única esperança da família é a filha, mais nova, Gisa, que era aprendiz de costureira. Mare ajudava no que podia, mas visto sua falta de talento para qualquer tipo de trabalho, sua única opção era sustentar a família com pequenos furtos que fazia. A família já havia mandado três de seus filhos para guerra e, por não ter emprego, logo a garota seria a próxima Ela também possuía um melhor amigo chamado Kilorn, que trabalhava como aprendiz de pescador.
       Tudo parecia estar bem, até que a morte inesperada do patrão de Kilorn, poucos dias antes de seu aniversário de 18 anos faz Mare ficar desesperada, pois não conseguia imaginar a hipótese de que o amigo que cuidou e protegeu durante tantos anos tivesse de encarar um destino tão cruel. Desesperada, ela procura todas as alternativas possíveis para se livrar de ter de cumprir o cruel destino imposto e acaba na cidade do sol, uma espécie de concentração de "casas de verão" dos prateados tentando cometer mais um furto. A sorte no entanto, mais uma vez não estava a favor da garota e sua irmã, agindo de maneira imprudente e precipitada, acabou cometendo um erro que teve consequências horriveis.
       Uma onda de acontecimentos então faz com que Mare acabe trabalhando no palácio e se veja em meio a uma espécie de seleção entre as filhas dos principais nobres do pais para se casar com o mais novo herdeiro do trono que acabava de completar a idade adequada para se casar. Um acidente em meio às provas revela um fato inesperado: Mare tem poderes. Como isso seria possível? O que ela era? Como os prateados vão reagir a isso?
        Devo dizer que esperava muito mais do livro do que ele realmente me trouxe e acabei me decepcionando. De início, logo se percebe-se que o livro parece uma "salada mista" de diversas histórias, onde a autora foi pegando o que mais havia lhe agradado em cada uma. A mistura é tão visível que chega a ser irritante em alguns pontos e me fez pensar em largar a leitura. Mesmo os pontos originais da autora pareciam ser um pouco clichês. Me deu a impressão de que o objetivo da autora não era criar uma obra fantástica e sim algo que vendesse (se ela desse a sorte, claro, de cair nos gostos dos adolescentes).
         Os personagens não são cativantes, não nos chamam atenção e não há nada neles com o que você possa se identificar. São caricatos demais, frios demais, perfeitos demais e até aqueles que pareciam ser melhores, no final entraram numa onda do mesmo clichê de sempre. E o romance? Que droga foi essa? Mesmo não sendo o foco do livro, mas claramente foi o casal mais forçado e sem clima que eu já vi. Seria muito mais preferível e interessante se não houvesse tido romance, o que me remete outra vez a opinião de que tenha sido um livro para vender, afinal, quase todas as trilogias com reis que se preze tem que ter um romancezinho água com açúcar.
         Devo ressaltar alguns pontos positivos: a ideia foi criativa e poderia resultar em um livro incrível, se melhor trabalhado, as batalhas bem legais de se imaginar e o final, foi surpreendente (apesar da estupidez da protagonista) e me fez ficar curiosa para ler os próximos. Irei com baixas expectativas, mas espero sinceramente que a autora me surpreenda.

3,0/5,0


Vídeo-resenha: