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[Indicação] Melhores livros de fantasia publicados no brasil

Nos últimos meses tenho lido apenas fantasia, tive muitas e excelentes leituras. Resolvi fazer,  junto com um amigo, um TOP 10 dos melhores...

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

[Resenha] Como eu era antes de você - Jojo Moyes



Nome: Como eu era antes de você
Autor: Jojo Moyes
Páginas: 320
Editora: Intrínseca
Resenha por: Ana Carolina
Onde comprar: Shoptime/Livraria Cultura


Sinopse: 
Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Sua vidinha ainda inclui o trabalho como garçonete num café de sua pequena cidade - um emprego que não paga muito, mas ajuda com as despesas - e o namoro com Patrick, um triatleta que não parece muito interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor tem 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de ter sido atropelado por uma moto, o antes ativo e esportivo Will agora desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Sua vida parece sem sentido e dolorosa demais para ser levada adiante. Obstinado, ele planeja com cuidado uma forma de acabar com esse sofrimento. Só não esperava que Lou aparecesse e se empenhasse tanto para convencê-lo do contrário.
Uma comovente história sobre amor e família, Como eu era antes de você mostra, acima de tudo, a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado.



        Depois de muuuito tempo fui ler o livro da qual tantas pessoas falavam em todos os lugares. Parecia que onde eu passava e em todas as comunidades de Booktube sempre ouvia as pessoas comentando sobre esse livro, sobre o quanto era bonito, emocionante, divertido. Confesso que há algum tempo adquiri certo receio de ler livros que estouram criando uma espécie de "modinha" entre o público adolescente, Não é preconceito, é simplesmente não ter mais tanta paciente que eu tinha na época em que gostava desse tipo de história e achava esses romancezinhos supérfluos emocionantes. Apesar disso, me surpreendi positivamente com A Culpa é das Estrelas e esperava que acontecesse com esse livro também.
        O livro narra a história de Louisa Clark, uma jovem de 26 anos que trabalha em uma cafeteria há vários anos. Seu pai está atualmente desempregado e sua irmã trabalha em um emprego que em pouco ou quase nada contribui para o sustento da casa e do filho de 5 anos. Infelizmente, o dono do café acaba tendo que fechá-lo e a garota acaba ficando sem emprego, uma situação preocupante para ela e sua família, pois seu trabalho contribua com grande parta das despesas da família de seis pessoas. Ela também possuía um namorado chamado Patrick, um triatleta que as vezes parecia estar mais interessado em treinar do que com a própria Louise.
       Depois de passar por vários empregos sem conseguir permanecer em nenhum, a garota recebe uma proposta de trabalhar como cuidadora de um jovem tetraplégico. Suas funções seriam muito simples e não exigiriam nenhuma formação profissional, além disso, o emprego pagaria suficientemente bem para que a família conseguisse se manter com mais tranquilidade. Ela aceita o emprego, mas logo de cara percebe que não será nada fácil pois Will, o rapaz de quem terá de cuidar, apesar de muito bonito e inteligente, é amargurado, grosso, irônico, sarcástico e mal-humorado.
        Com o tempo passando e a convivência dos dois, começamos a entender mais cada um dos personagens. Louisa é uma jovem de gostos peculiares e um pouco solitária, a quem não foi dada nenhuma perspectiva de vida e nenhuma possibilidade, alguém de quem ninguém nunca esperou grande coisa. Will, um jovem que amava a vida e sua liberdade, amava conhecer o mundo e novas pessoas, se vê de uma hora para outra presso em uma cadeira de rodas e dependente de outra pessoa para tudo, até para se alimentar e escovar os próprios dentes, ele havia perdido a vontade de viver e um dia, por acidente, Louise acaba descobrindo isso. Com a eutanásia marcada para daqui há alguns meses e sem a mínima intenção de mudar de ideia, Will estava apenas dando a seus pais a oportunidade de passar mais um tempo com ele. Lou se vê arrasada e a partir daquele momento cria seu novo objetivo, fazer Will amar novamente a vida e desistir da ideia.
        O nome "Como eu era antes de você" vem da mudança que os personagens vão sofrendo no decorrer da história conforme vão convivendo um com o outro, no entanto, a mim não foram apenas os protagonistas que mudarem e sim todos a sua volta também foram afetados por essa mudança.
         Li esse livro razoavelmente rápido, creio que tenha sido em cerca de três dias, pois havia marcado de ir ao cinema para vê-lo, no entanto, apesar disso, achei que a história um pouco arrastada. Parecia que o livro nunca ia pra frente ou demorava décadas para avançar. Apesar disso, foi uma leitura divertida com um tema diferente, polêmico e pouco abordado, que sempre trás muita dor e tristeza para os envolvidos. Como deixar a pessoa que se ama partir? Você é capaz de ver a pessoa que você ama sofrendo diariamente e piorando a cada dia e ser indiferente ao pedido dela de acabar com todo esse sofrimento? Além disso, nos trás outros pontos como saber apreciar os pequenos detalhes da vida, abrir a mente para coisas novas, valorizar aqueles que estão perto de nós e nos amam, não menosprezar alguém pela aparência e sempre sonhar alto e acreditar que tudo é possível para aqueles que sonham. O final, pelo menos para mim e para as pessoas com quem conversei. não foi nenhuma surpresa, mas mesmo assim foi bonito de se ver.
       Não é um livro espetacular, mas é bem divertido e legal de ser lido. Provavelmente emocionou e emocionará muitas pessoas que o leram e ainda lerão. Ah! Vale ressaltar que o filme é bom também, apesar de terem cortado uma cena do livro que eu não acho (nem um pouco) que deveria ter sido cortada. Um destaque, que para mim foi o melhor e mais genial ponto do livro, foi a excelente atuação da atriz, Emília Clarke, que fez o papel da Lou, que representou exatamente a personalidade da personagem(até as caretas estranhas que a personagem fazia).
        Obs: Só eu imaginava que o seria Natan negro?


Nota:


Vídeo-resenha:





sábado, 5 de novembro de 2016

[Resenha] O Senhor dos Anéis: As duas torres - J. R. R. Tolkien

Nome: As Duas Torres
Autor: J. R. R. Tolkien
Páginas: 364
Editora: Martins Fontes
Resenha por: Ana Carolina
Onde comprar: Submarino/Amazon


Sinopse: 
A comitiva do Anel se divide. Frodo e Sam continuam a viagem, descendo sozinhos o grande Rio Anduin - mas não tão sozinhos assim, pois uma figura misteriosa segue todos os seus passos...

 
Nesse volume temos a continuação da viagem de Frodo e do Anel pela Terra-Média. O livro é dividido em duas partes, a primeira contando o que aconteceu com Aragorn, Legolas, Gimli, Pippin e Merry após a ruptura da Sociedade e o ataque dos Orcs; e o segundo acompanhando a viagem de Frodo e Sam, que partiram sozinhos rumo às terras escuras de Mordor.
        No começo do livro, Merry e Pippin são sequestrados pelos Orcs de Isengard e o que restou da comitiva, percebendo que nada mais há de se fazer por Sam e Frodo, opta por ir atrás deles com o intuito de libertá-los das criaturas horríveis. Infelizmente aqueles Orcs pareciam ter sido modificados por Saruman, pois resistiam ao sol e viajavam por dias a fio sem parar para descansar, o que torna a missão extremamente difícil para eles. Enquanto isso Pippin e Merry sofrem maus bocados nas mãos dos Orcs, sendo machucados e forçados a comer coisas nojentas, além do fato de terem de caminhar até a exaustão. Após vários dias de perseguição a comitiva recebe ajuda dos homens de Rohan, que é um povo poderoso e conhecido por seus cavalos magníficos. Aragorn, Legolas e Gimli conseguem cavalos para encontrar seus amigos e os pequenos, em um momento de sorte, conseguem fugir após o ataque desses cavaleiros ao grupo de Orcs.
         Após uma longa sucessão de eventos, os Pequenos chegam à floresta de Fangorn, onde conhecem um dos personagens mais legais e interessantes do livro (na minha opinião), o chefe dos Ents, conhecido como Barbávore ou Fangorn e ficam amigos deste, acabando por incentivá-lo a entrar em uma batalha contra determinado exército, juntamente com seu povo. Enquanto isso, os outros voltam a Rohan onde comprometem-se a juntar-se ao exército na luta contra um novo inimigo que é extremamente poderoso.
        Há quilômetros de distância dali, Frodo e Sam continuam sua caminhada rumo a Mordor e, agora perdidos e com medo, a jornada parece ainda mais difícil. Além disso, uma figura magra e doentia espreita durante a noite. Gollum os persegue dia e noite, fissurado em obter novamente seu "Precioso". Num plano bem bolado, a dupla consegue prendê-lo e forçam-o a levá-los por um caminho seguro até Mordor, pois sabem que, de alguma forma, ele conseguiu fugir de lá sem ser visto.
        Esse é apenas uma pequena prévia do que irá acontecer no livro. Diversos eventos acontecendo um atrás do outro dão ao livro um ritmo rápido, como uma tensão pairando no ar e a sensação de que coisas terríveis ainda estão por rir. Esse segundo volume trouxe mais batalhas do que o primeiro, além da inclusão de vários personagens novos que terão importância significativa no decorrer da história. A escrita do Tolkien, impecável como sempre, nos trás na mente a imagem de cada cena, cada lugar com uma delicadeza incrível. Os capítulos sobre os Ents na primeira parte foi o que mais me emocionou e prendeu, a forma sutil como é contada a história desses seres incríveis quase nos faz ficar desejosos e com saudade dos tempos em que essas criaturas vagam livres pela terra média, no início dos tempos.
        A leitura do segundo livro foi, para mim, um pouco cansativa. Diferente do primeiro livro, algumas das descrições foram excessivas e demoravam passar, fazendo as vezes com que o leitor tenha vontade de pular essas partes. No entanto, isso foi apenas no início, pois a medida que a história se decorre e as cenas vão ficando mais intensas, a ambientação se torna mais necessária e a leitura ganha mais fluidez.
         Eu gostei mais do segundo livro do que do primeiro, diferente da maioria de críticas que vejo sobre o livro. Houveram mais momentos monótonos nesse do que no primeiro, no entanto, os acontecimentos foram mais emocionantes. Então de certa forma, o autor conseguiu manter uma regularidade na qualidade dos livros, observando esses dois primeiros volumes.


Nota:

5,0/5,0



Vídeo-resenha: