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[Indicação] Melhores livros de fantasia publicados no brasil

Nos últimos meses tenho lido apenas fantasia, tive muitas e excelentes leituras. Resolvi fazer,  junto com um amigo, um TOP 10 dos melhores...

quinta-feira, 31 de março de 2016

[Resenha] Os Magos - Lev Grossman





Livro: Os Magos
Série: Os Magos
Autor: Lev Grossman
Ano: 2010
Editora: Amarilys
Páginas: 456
Resenha por: Julio Heber
Compre: Saraiva

Sinopse: Quentin Coldwater é um gênio precoce às vésperas de entrar na faculdade. Como a maioria das pessoas, Quentin acreditava que a magia não era algo real. Acreditava. Tudo muda quando ele é surpreendentemente admitido em uma universidade - muito antiga, muito secreta, muito exclusiva - de estudos mágicos, ao norte de Nova York. Após se esgueirar por um terreno baldio do Brooklyn na tarde de inverno em que deveria ter feito sua entrevista para entrar em Princeton, Quentin se vê, em pleno verão, no idílico campus da misteriosa Brakebills. Ali - não antes de um difícil e cansativo exame de admissão - ele dá início a uma extensa e rigorosa iniciação ao universo acadêmico da feitiçaria moderna; ao mesmo tempo, descobre também os princípios boêmios da vida universitária - amizades, amores, sexo e álcool..
Esta é a história de Quentin Coldwater, um desiludido e inteligente estudante do ensino médio que tinha como certa a sua aprovação para ingressar nas melhores universidades dos EUA. Junto com um casal de amigos (com quem tem uma estranha relação de amor e ódio) vai fazer uma entrevista para tentar ingressar na universidade, na casa de um dos examinadores. Chegando lá encontra o entrevistador morto, de um provável derrame cerebral. Antes de ir embora, uma misteriosa paramédica entrega para Quentin um envelope com seu nome escrito, supostamente deixado pelo entrevistador.

Ao abrir o envelope encontra um manuscrito, intitulado de "Os magos", continuação do último livro da série, que Quentin é obcecado, "Fillory & além", que conta as aventuras dos irmãos Chatwin no mundo mágico de Fillory, ao virar uma das páginas, um pedaço de papel dobrado cai no chão e voa. Quentin sai em perseguição ao papel que cai em um jardim. De repente, se dá conta que está em um lugar diferente da cidade, com extensos gramados e um enorme casarão, onde encontra Elliot, um estudante da faculdade de Mágica Brakebills. Quentin é levado até o reitor, que revela que ele está ali para fazer um teste para entrar na faculdade.

Para sua surpresa, ele consegue se aprovar no teste, sendo aceito junto com ele um punk chamado Penny e uma menina tímida chamada Alice. Quentin e Alice são integrados ao grupo dos Físicos, um grupo de magos especialistas em magia física, onde conhecem o amargurado Eliot, o otimista Josh e a destrutiva Janet, que acabam por se tornar amigos e passar a maior parte do tempo estudando magia e consumindo álcool.

Depois de muitas aventuras na universidade mágica, Quentin e seus amigos se graduam e voltam para o “mundo real”, onde, sentindo muita saudade de Brakebills, descobrem que a vida ali não tinha muita graça, e acabam passando os dias fazendo festas e orgias regadas a muito álcool. Um belo dia, Penny reaparece com um botão que dá acesso ao mundo de Fillory e convence a todos a empreender uma viajem a esse mundo, mas logo descobrirão que Fillory não é o lindo conto de fadas que pintavam os livros.

Opinião

Já fazia muito tempo que eu queria ler “Os Magos”, mas como a minha pilha de livros não lidos estava enorme, fui deixando para depois. Por fim, comecei e terminei a leitura rapidamente (li em 3 dias). O livro já chama atenção pela capa, que tem grafado o seguinte comentário do George R. R. Martin:
Os Magos está para Harry Potter como uma dose de uísque puro malte está para uma xícara de chá.
Bom, com um comentário desse, de um escritor do naipe do tio Martin, pensei, esse livro vai ser mítico! Mas não foi bem isso que aconteceu. O livro é claramente, uma mistura de Harry Potter com Nárnia, inclusive tem várias referências no decorrer da história, o que poderia ficar legal se bem executado o enredo. No entanto, o clima pessimista demais e a libertinagem excessiva dos personagens contribuíram para eu achar o livro apenas bom e não Ótimo.

Comecei a ler o segundo volume da série, e digo que a história melhorou bastante, logo mais falarei dele, aguardem!

                                                                            3,0/5,0


quinta-feira, 24 de março de 2016

[Resenha] O menino do Pijama Listrado - John Boyne

Nome: O menino do Pijama Listrado
Autor: John Boyne
Páginas: 186
Editora: Seguinte
Resenha por: Ana Carolina


Sinopse: 
Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável. "Um livro maravilhoso." - The Guardian "Intenso e perturbador [...] pode-se tornar uma introdução tão memorável ao tema como O diário de Anne Frank foi em sua época." - USA Today "Um livro tão simples e tão bem escrito que beira a perfeição." - The Irish Independent

         O livro conta a história de um garoto de nove anos chamado Bruno, que vive com seus pai e irmã na cidade de Berlim. Um dia, inesperadamente, Bruno é informado de que sua família irá se mudar para uma outra casa longe da cidade por causa do emprego de seu pai, que é general do exército nazista (isso só é revelado no decorrer do livro). O garoto, obviamente, fica inconformado pois se verá sem seus três melhores amigos, sua casa enorme, perfeita para exploração e das encantadoras peculiaridades de sua cidade, como os cafés, as ruas cheias dos sábados a tarde e o cheiro maravilhoso das bancas de verduras.
         Poucos dias depois, a família muda-se para Haja Vista, uma espécie de "casa de campo" isolada numa parte isolada da região. Imediatamente Bruno odeia a nova casa, ela não era grande como a anterior e aparentemente ali não haveria ninguém para que pudesse brincar. Sua irmã Gretel, de 12 anos, não era uma opção pois ele não a suportava e a considerava muitas vezes como um "caso perdido".
          Logo primeiro dia de sua chegada, ao olhar pela cerca viu uma estranha imagem: ao longe, depois do jardim, uma alta cerca erguia-se presa firmemente ao chão por postes enormes. Atrás dessa cerca havia um grande campo com várias casas espalhas e muitas pessoas, crianças, homens e velhos, sendo que uma curiosa e estranha característica em comum era o fato de todos usarem pijamas listrados. Questionados a respeito das pessoas, os pais de Bruno deram-lhe a ordem para não se envolver com elas.
          Um dia, cansado de ficar sozinho e de não ter nada para fazer, o menino finalmente decide explorar o jardim dos fundos e a cerca (os pais haviam proibido-lhe) e ele anda por algum tempo até finalmente chegar a cerca e lá conhece um garoto chamado Shmuel, que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Ali se constrói uma amizade linda, onde todos os dias as crianças se encontravam, Bruno levando diariamente comida para seu amigo. A cerca os separava e ainda assim estavam unidos pelos laços do coração.
        Lendo esse livro, não pude deixar de me comover com a pureza do ponto de vista de Bruno. A inocência de um mundo ruim vista pelos olhos de uma criança nos dá a vontade de querer voltar no tempo e por mais uma vez ser Bruno ou Shmuel. Bruno, que no início é uma criança mimada (criado para ser assim) aos poucos vê sua realidade mudando e descobrindo o verdadeiro sentido da palavra amizade e Shmuel, com toda realidade dura que tem de suportar, aos poucos vê uma luz no fim do túnel e percebe que nem todas as pessoas do mundo são más.
        Outra frase marcante do livro que nos leva a uma reflexão sobre a realidade nazista "e quem decidia quem usava os pijamas e quem usava os uniformes?". Quem decidia? Aquelas eram duas crianças exatamente iguais, poderiam ser irmãos gêmeos, colegas de sala, mas um estava do outro lado da cerca. Porque ele estava ali? O que havia feito Shmuel e todas essas pessoas de tão ruim?
         É um ótimo livro para quem está iniciando a leitura, pois muito provavelmente fará a pessoa chorar ou ao menos se emocionar. Não recomendaria para crianças pois o início é meio confuso e talvez uma criança não compreenda ou demore a compreender se não tiver consciência de quem foi Hitler e o que foi o Nazismo.


Nota: 3,0/5,0



Vídeo-resenha: